domingo, 27 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Sintra, 6 de Março de 2011



(...)



Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso

Que eu me lembro ter dado na infância

Por que metade de mim é a lembrança do que fui

A outra metade eu não sei.


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria

Pra me fazer aquietar o espírito

E que o teu silêncio me fale cada vez mais

Porque metade de mim é abrigo

Mas a outra metade é cansaço.


Que a arte nos aponte uma resposta

Mesmo que ela não saiba

E que ninguém a tente complicar

Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer

Porque metade de mim é platéia

E a outra metade é canção.


E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor

E a outra metade também.


Oswaldo Montenegro, Metade